terça-feira, 19 de outubro de 2010

Igreja nossa senhora do monte carmo (antiga sé)
A Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo é uma igreja católica localizada na rua Primeiro de Março, no centro histórico da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Foi a Sede Episcopal da Diocese até 1976, quando foi concluída a nova Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, razão pela qual também é referida como Antiga Sé.
A igreja localiza-se em frente à histórica
Praça XV, ao lado dos edifícios coloniais do antigo Convento do Carmo e da Igreja da Ordem Terceira do Carmo.

Antecedentes

A Igreja do Carmo remonta à primitiva Capela do vizinho
Convento do Carmo, um dos mais antigos da cidade, fundado ainda no século XVI.
Quando os
carmelitas chegaram à cidade, por volta de 1590, foi-lhes doada uma capelinha dedicada a Nossa Senhora do Ó, na então Rua Direita (atual Rua Primeiro de Março), perto da praia, local do atual templo. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, os frades construíram um grande convento ao lado da capela, edificação ainda existente, apesar de parcialmente descaracterizada.
A Igreja do Carmo

A primitiva Capela deu lugar à atual Igreja a partir de 1761. As obras, a cargo do Mestre Manuel Alves Setúbal, estenderam-se por quinze anos, tendo o novo templo sido sagrado em 22 de Julho de 1770, com uma procissão solene.
A
talha dourada em estilo rococó do interior, de grande beleza, foi realizada por mestre Inácio Ferreira Pinto a partir de 1785.
Capela Real e Catedral

Como a chegada da Família Real Portuguesa e sua Corte ao Rio de Janeiro, em 1808, o vizinho Paço dos Vice-Reis (atual Paço Imperial) foi utilizado como casa de despachos da Corte. A rainha D. Maria I (1777-1816) foi instalada no também vizinho Convento do Carmo, sendo ambos os edifícios ligados por um passadiço elevado (hoje inexistente), sobre a Rua Direita. Por ser o templo mais próximo, D. João VI designou a Igreja do Carmo como nova Capela Real Portuguesa e, pouco mais tarde, também como Catedral do Rio de Janeiro, condição que manteve até 1976, quando foi inaugurada a nova Catedral Metropolitana, na Av. Chile.
Como Capela Real, a Igreja do Carmo foi palco de importantes eventos, como a sagração de
D. João VI como Rei de Portugal, em 20 de março de 1816, após a morte de D. Maria I. Aqui também se casaram o príncipe D. Pedro, futuro Imperador do Brasil, com D. Leopoldina de Áustria, no dia 6 de novembro de 1817.

Capela Imperial

Sagração de D. Pedro I na Capela Imperial em 1822. Pintura de Jean Baptiste Debret.
A fachada foi completada apenas por volta de
1822 pelo arquiteto português Pedro Alexandre Cavroé, que deu ao edifício um frontão elevado em estilo clássico.
Após a
Independência do Brasil, a Igreja do Carmo passou a ser a Capela Imperial e sediou as cerimônias de sagração dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II, bem como o casamento da Princesa Isabel com Louis Phillippe Gaston d'Orléans, o Conde D'Eu, em 15 de outubro de 1864.
Para permitir a ligação da rua do Cano (atual
rua Sete de Setembro) com o largo do Paço, em 1875 (1857 segundo outros autores) foram demolidas a torre e a portaria do antigo Convento. Um passadiço elevado conectou os dois edifícios até 1890.
Por determinação do
Cardeal Arcoverde, a torre foi reconstruída em 1905 e, em 1910, construiu-se o frontispício voltado para a rua Sete de Setembro. Estas obras afastaram o conjunto das suas linhas originais.
Perda da Sede Episcopal
Em
1976, quando a nova catedral para o Rio de Janeiro foi concluída, a Igreja do Carmo perdeu a sua condição de catedral, sendo a partir daí também chamada a Antiga Sé (Sé = Catedral).

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